Infestação do maruim: pesquisador do Incaper visita interior de Alfredo Chaves
pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), visitou algumas localidades para ver de perto a situação dos mosquitos e conversar com os moradores.
Publicado em 04/06/2019 15:40 - Atualizado em 04/06/2019 15:58
Equipe técnica coletando amostra do mosquito
Visita a produtor da comunidade de Quarto Território
Equipe técnica com moradora da comunidade do Gavião
O aumento desordenado do mosquito maruim e o incomodo que tem causado aos moradores da zona rural de Alfredo Chaves e turistas tem sido pauta em reuniões de conselhos municipais de Saúde, de Turismo e discussões na Câmara de Vereadores.
Diante de tal situação, o vereador Daniel Orlandi fez uma indicação na Casa de Leis com solicitação de providências sobre o assunto.
Assim sendo, nesta sexta-feira (31 de maio), o pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), José Salazar esteve no município e acompanhado do chefe local do Incaper, Alciro Lamão e do secretário de Agricultura, Leandro Benincá Sartori visitaram algumas localidades, de inicio as regiões de Quarto Território e Gavião para ver de perto a situação dos mosquitos e conversar com os moradores.
“A proposta é estudar o comportamento desta praga, causas da proliferação e onde ela está se multiplicando. O trabalho inicial será colocar armadilhas em todos os distritos para coletar amostras e então descobrir de fato aonde estão os focos e a partir daí, com estudos mais aprofundados, será possivel recomendar e direcionar ações de controle da praga”, disse Salazar.
De acordo com o pesquisador, a tendência é que haja uma redução na população dos mosquitos nesta época do ano devido temperaturas mais baixas com clima seco.
“Isso não quer dizer que os trabalhos serão prejudicados. Quando voltar as temperatuas mais altas os moquistos irão reaparecer. Por isso é necessário continuar com ações de prevenção para evitar que no próximo ciclo ganhe esta mesma proporção”, explicou.
Enquanto isso, a recomendação, segundo o pesquisador é que seja tomado alguns cuidados, como por exemplo, evitar locais sombreados e final de tarde, que é o período do dia em que o mosquito mais ataca.
O maruim: Segundo estudos realizados no Estado de Santa Catarina, o maruim, também é conhecido como mosquito-pólvora, é um inseto díptero membro da família Ceratopogonidae, de pequenas dimensões. Suas larvas vivem na água doce ou salgada, conforme a espécie. É um animal hematófago antropofílico que penetra pelo meio dos cabelos e por dentro das roupas causando urticária com suas doloridas picadas. Ele é encontrado no interior, em matas úmidas e brejos. Possui tamanho pequeno e cor que lembra um grão de pólvora. As espécies do litoral são conhecidas por maruim ou mosquitinhos do mangue. Últimante, devido ao desequilíbrio ecológico, ele vem se reproduzindo em larga escala e atingindo cidades do interior.

por Luziane de de Souza / foto :Elba Fonseca